sábado, 9 de julho de 2016

Centenário do Nascimento do Pr. Frank Dyer


Hoje é o centenário do nascimento do saudoso ex-presidente da Ação Evangélica - ACEV (1971-1987) Pr. Frank Dyer. Nascido no New Forest, Inglaterra no dia 09 de julho de 1916 Pr. Frank Dyer veio trabalhar com a ACEV em março de 1949 pastoreando as Igrejas de Princesa Isabel e Patos, onde ele faleceu em novembro de 1987.

Pr. Frank Dyer também trabalhou evangelizando os sertões de Paraíba e Pernambuco viajando de burro, em cima de caminhão de algodão e posteriormente de Jipe e Rural Willys. Ele foi um homem discreto que raramente falava da sua medalha recebida das mãos do Rei George VI, da Inglaterra, como herói de guerra, por ter colocada a sua própria vida em grande risco para salvar seus conterrâneos. 

Acima de tudo Pr. Frank Dyer foi um homem fiel a Deus aguentando, sem reclamações, sofrer apedrejamentos e ameaças por ser Cristão e pregador do Evangelho. Talvez seu maior legado foi a sua integridade. 

Hoje a sua filha Missionária Betinha, que viajava com ele de sertão a fora, desde seus 06 anos de idade, é quem continua nas pisadas do pai vivendo e pregando o Evangelho em todo nordeste. Nós da ACEV hoje louvamos a Deus por servos exemplares e fieis, como Pr. Frank Dyer, que faz uma importante parte da história da nossa Igreja. Alegria estava estampada no rosto de Betinha quando fizemos a reforma da Igreja da ACEV Patos em 2014, que ele ajudou a construir mais de 50 anos antes. Ao checar a madeira do telhado estava tudo perfeitamente em ordem, reta e alinhada. Pr. Frank Dyer havia sido o carpinteiro!

sábado, 2 de janeiro de 2016

A partida do meu amigo jornalista José Augusto Longo

No primeiro dia de 2016 me acordei tarde diante das atividades da virada do ano e ao sentar para tomar café com Betinha ela começou a me falar sobre meu amigo José Augusto. Betinha é muito boa nisso e eu nem suspeitava que ela já sabia que ele havia falecido naquela madrugada. Mas ela ficou falando e falando... e dizia que tinha conversas que ele teve um enfarte... e até que ele tinha morrido... mas que possivelmente não era verdade etc. Eu concordei que não era verdade, mas foi me dando aquela impressão de coisa séria e liguei o computador e descobri a terrível notícia para a qual Betinha estava me preparando. Que primeiro dia de 2016!

Eu conheci José Augusto em 1980 na Rádio Panati onde ele era jornalista e eu havia começado o primeiro programa evangélico de rádio na história de Patos. Ao chegar um dia na rádio Zé estava fumaçando de raiva porque alguma pessoa que nem conheço havia andado lá e desnecessariamente insultou o crucifixo na parede da rádio dizendo verdadeiras baixarias que nem vou repetir. Zé me contou e perguntou a minha posição. Eu expliquei que creio que se deve respeitar os símbolos religiosos de qualquer religião e me sentia igualmente revoltado com as agressões do visitante à rádio. Pedi para Zé se acalmar e pedi até perdão pela ignorância do cidadão embora que nem conhecia. A partir deste dia eu e José Augusto Longo ficamos amigos!

Nos anos 90 tanto eu mudei meu programa para a Rádio Itatiúnga quanto Zé mudou seu trabalho jornalístico para lá também. Um dia, quando eu havia retornado de uma viagem à Inglaterra ele me convidou a fazer uma entrevista com ele no seu programa sobre assuntos gerais - e olhe como ele começou! "Pastor John. Você acaba de voltar de um lugar que tem uma cultura muito superior à brasileira. Fale da cultura britânica para nós"! Foi um começo de entrevista inteligentíssimo e provocante, mas eu não caí na emboscada! Eu respondi: "Descordo com a sua colocação José Augusto que a cultura britância é superior à cultura brasileira! Creio que toda cultura tem seu valor. São culturas diferentes, mas não se trata de uma ser mais elevada de que a outra". Aí entramos num debate gostoso sobre cultura como dois carneiros batendo cabeças! Foi empolgante! A nossa amizade só aumentou como resultado.

A nossa amizade foi crescendo também porque compartilhávamos a mesma visão de independência sócio-política, mas sempre com respeito e humor. Outro fator foi a amizade das nossas filhas - de Zé Morgana com a minha filha Deborah. A gente brincava que éramos fiscais desta dupla e compartilhávamos coisas abertamente no facebook "em segredo" brincando com as nossas filhas! Meu trabalho de fiscal agora dobrou Zé!

A gente falava toda semana no facebook sobre meu trabalho com a flora e fauna da caatinga e outros assuntos - e quando as vezes eu falava com alguém do exterior em inglês - Zé sempre entrava dizendo que ele estava entendendo tudo e eu de volta o chamava do 'meu amigo poliglota'! 

Mas é o legado de amizade franca e verdadeira com posições independentes e corajosas que você deixa Zé - além da sua linda família que lhe ama muito.

Termino com algo que Zé vai entender, mesmo que ninguém mais aqui entenda. GOOD BYE ZÉ. GOD BLESS. SEE YOU SOON! THANKS FOR YOUR FRIENDSHIP.